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Entrevista com a escritora Samanta Holtz


Queridos leitores,

Entrevistamos a nossa querida escritora Samanta Holtz!

Nascida no Dia Mundial do Livro, parecia destinada a trilhar o caminho da literatura. Aprendeu a ler sozinha aos cinco anos, tamanha era a vontade de entender as histórias que sua mãe lia para ela. Aos nove, ganhou um prêmio de redação em sua cidade, Porto Feliz, interior de São Paulo. Publicou em 2012 o romance histórico “O Pássaro”, premiado no “Destaques Literários” por votação do público e do júri técnico, seguido por “Quero ser Beth Levitt”, com a primeira edição esgotada em três meses, e “Renascer de um Outono”, romance idealizado ainda na adolescência.

Seu novo romance é "Quando o amor bater à sua porta", que será publicado pela Editora Arqueiro em agosto de 2016.

Com histórias românticas e cheias de surpresas, Samanta guia seus leitores por uma deliciosa viagem, levando-os das lágrimas ao riso em questão de capítulos.

- Como e quando você percebeu seu destino como escritora?

Minha paixão por livros e por contar histórias começou na infância. Quando eu tinha 7 anos, fascinada pelos quadrinhos do Mauricio de Sousa, decidi que eu seria roteirista dele, quando crescesse. Então, comecei a criar meus próprios gibis; eu empilhava várias folhas sulfite, grampeava no meio e criava personagens, falas, histórias... Minha mãe tem vários deles guardados em uma caixa de sapatos! (risos) À medida que os anos passaram, comecei a escrever poesias, reflexões e, aos 14 anos, comecei a escrever um conto nas últimas folhas em branco de um caderno. A história foi ganhando forma, ficou maior do que eu havia previsto e, quando vi, o caderno acabou, então passei tudo para o computador. Dois anos depois, eu concluía a primeira versão de “Renascer de um Outono”. Foi surpreendente perceber que eu havia, afinal, criado um romance... um livro! Os poucos amigos e familiares que eu permitia ler me encorajaram muito a tentar publicar, e eu não fazia ideia de como isso funcionava. Fui pesquisar e me informar, então registrei meu original e comecei a dispará-lo para as editoras. Daí em diante, mesmo com vários “nãos”, continuei escrevendo e sempre buscando o “sim”!

- Alguém próximo foi sua inspiração para seguir a carreira ou um autor muito querido? Conte sobre. Nunca tive uma referência dentro de casa ou no círculo de amigos, alguém que gostasse de ler ou que também sonhasse em ser escritor. Sinto que é algo muito “meu”... nasceu comigo e eu acabei descobrindo ao acaso, porque era mesmo para ser. Até a data do meu nascimento conspirou; nasci justamente no “Dia Mundial do Livro”! Os “Holtz” têm forte aptidão musical, e agora eu acho que comecei a linhagem literária! (risos) Também não tenho algum autor como referência... gosto bastante dos exemplos de superação da J. K. Rowling e do Paulo Coelho, entre tantos e tantos outros, que nos lembram todos os dias que o começo não é fácil para ninguém.

- Seus personagens são inspirados em pessoas reais ou em fatos? Não, são todos fictícios. Eu nem gosto da ideia de criar um personagem inspirado em alguém, pois eu sinto que isso "limitaria” minha criação; associar o personagem ou a história a algum fator da vida real cria uma âncora do mundo imaginário, como se o delimitasse. E a imaginação deve ser livre, pois as alternativas possíveis para os rumos da história e de cada personagem são infinitos, e nem sempre continuarão o mesmo quando o roteiro ou a história começarem a ser colocados no papel. Imagine só eu criar um personagem inspirado em minha irmã ou minha mãe, e de repente quisesse usá-lo em algum papel de vilão... eu não teria coragem, ou me preocuparia se elas se chateariam. O máximo que já aconteceu foi batizar um personagem em homenagem a um primo que nasceria (Arthur, de uma história ainda a ser publicada) e me inspirar em traços físicos de pessoas que vejo na rua. Mas nunca, até o momento, me baseei em pessoas próximas.

- No início da carreira, que tipo de livro te influenciou? E atualmente? Quando eu era criança, lembro-me muito bem dos dois primeiros romances que li: “Ensaio de um beijo” e “Meu primeiro amor”, ambos comprados em uma feira do livro da minha escola, na época. Eu fiquei fascinada com as histórias românticas, e logo me peguei sonhando e criando histórias em minha cabeça também. Eu devia ter uns 11 anos, e sinto que fui fortemente influenciada pelo sentimento que essas histórias me proporcionaram. Do ponto de vista mais técnico, livros que foram e são fundamentais até hoje são “Os segredos dos roteiros da Disney” e “A jornada do escritor”. Excelentes para abrir a mente e nos ajudar a direcionar a criação de personagens e histórias!

- Quais suas obras favoritas? Por quê? O que significam para você como pessoa e escritora? Puxa, são tantas! O primeiro título que sempre me vem à mente é uma leitura que eu amei, e que combina muito com minha forma de enxergar a vida... chama-se “A Lição Final”, do Randy Pausch. Traz tantos ensinamentos, uma forma linda e leve de se olhar para a vida, carregada de otimismo e bom humor mesmo no cenário em que ele se encontrava, de um câncer terminal. Adoro também a série Harry Potter, os livros do Maurício Gomyde, da Carina Rissi, da Sophie Kinsella... são autores que faço questão de acompanhar de perto para ler tudo o que publicarem!

- Como surge as ideias para a escrita do livro? Ah, nunca é igual! Normalmente eu tenho muitas ideias no banho, e já li outros autores dizendo a mesma coisa, então deve haver alguma explicação científica para isso... (risos) Eu digo que as ideias, pelo menos para mim, elas vêm fragmentadas. Tenho uma pequena ideia hoje, penso um pouco a respeito e a guardo lá dentro, em uma “gavetinha mental”. Se tenho outra ideia depois, às vezes percebo que ela casaria bem com outra ideia guardadinha ali, e as coloco juntas para ver se funcionam. Senão, guardo cada uma em sua gaveta. Aí, quando vem aquela ideia que arremata tudo, junto todos os fragmentos e começo a trabalhar o roteiro! Parece louco, eu sei... mas é mais ou menos isso o que acontece! (risos)

- Já esbarrou com alguém na rua que lia o seu livro? Qual foi a sua reação e a do leitor?

Sim, é uma delícia quando acontece isso! Certa vez, eu estava em um ônibus, indo para São Paulo... e, quando ele parou na cidade de Itu, uma leitora embarcou com “Quero ser Beth Levitt” em mãos! Ela ficou tão empolgada em me ver e começou a conversar comigo loucamente... tanto que o senhor que se sentaria no assento ao meu lado disse a ela que ficasse ali, e ele iria se sentar no lugar marcado na passagem dela (risos). Também já aconteceu de leitores estarem com o livro dentro da bolsa e, ao me verem, pedirem para eu autografar! E mesmo sem livros, muita gente comenta sobre meus livros, pede autógrafo... É bom demais ter esse carinho e esse reconhecimento, especialmente quando me contam sobre todos os sentimentos e transformações positivas que meus livros despertaram neles. É gratificante saber que consigo usar meu dom para espalhar o bem! E é o que quero fazer pelo resto da vida

Samanta Holtz Escritora apaixonada pela vida ❤

* Snapchat: samantaholtz * Facebook: /escritorasamantaholtz * Youtube: Samanta Holtz * Twitter: @samantaholtz * Instagram: @samanta.holtz * Site: www.samantaholtz.com.br * Blog: www.samantaholtz.com.br/blog

Um abraço a todos,

— Sarah Vargas e Renata Figueiredo.

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